Como lidar com o passar do tempo: Help, i’m still at the restaurant

 



Oii besties! 

O blog Mirrorball Girls está de volta e acho que devo explicações a vocês por tanto tempo sem posts. 

Para começar, no mês de novembro — meu último mês de aulas —, tive que fazer um trabalho de compensação de faltas de páginas infinitas. Depois, no começo de dezembro tinha vários conteúdos a serem revisados, e quando finalmente comecei a escrever esse post, meu celular quebrou. 

Eu sei, pode parecer uma desculpa elaborada como as que as autoras de fanfics dizem ao deixar a maior obra de arte sem atualizações desde 2019, no entanto, é apenas uma das sequências de acontecimentos cômicos da minha vida.

Vale lembrar que quando fico sem atualizar o blog sempre apareço no Instagram explicando o porque e postando um pouquinho, então se você quer estar atualizada, recomendo que me siga no @lanavsblog.

Inclusive, SPOILER ALERT
Um dos posts no mês que vem vai ser de ideias para páginas no journal — que foi prometido no post “Dicas para um selfcare day” — já que agora eu oficialmente tenho um. Não querendo fazer mais uma autodivulgação mas eu postei fazendo a primeira página dele no Tiktok (@lanavblog). E também teremos outro Late night talks, obrigada por todos os comentários mesmo durante a inatividade!! 







Acredito que o sentimento mais universal a ser abordado em um fim ou começo de ano seja esse pontinho de esperança que cresce em todos nós. Se ver pensando em todas as possibilidades, a sensação de planejar ou aguardar tudo dar certo. 

Como se na virada do ano um clique mágico fosse acontecer, mudando toda a realidade a sua volta. Ou então como se, de uma hora para a outra, todos os seus hábitos, sua personalidade e tudo aquilo que você é fosse deixado para trás, simplesmente porque a Terra deu uma volta no sol. Nada como o gosto falso de falsa motivação.

Eu seria hipocrita se viesse aqui dizer para não se deixarem levar por isso e blá-blá-blá. É inevitável, e é importante. Eu acredito que a esperança é um dos sentimentos mais fortes que podemos ter. A esperança supera o medo, ela nos permite tentar apesar dele, bem mais que a coragem. Ter esperança também dá perspectiva para pessoas em vários casos, como pessoas em situação de vulnerabilidade social ou pessoas com depressão.

Sendo assim, a esperança de ter um ano melhor que o anterior é necessária. O que deve ser trabalhado nesse sentimento é o que fazer com ele. Não deixe a esperança sem ação. 

Seus hábitos não vão mudar magicamente, não vai se tornar mais fácil só pela data. É preciso se esforçar até que o ano se torne diferente e suas metas estejam sendo realizadas e não arrastadas para o ano seguinte como foi feito antes.
 
No meu caso, a esperança de um ano novo vem atrelada com a expectativa de seguir em frente. Não só em ações, mas seguir em frentes com as memórias. Não ser mais afetada pela nostalgia.

Eu sempre fui assim. Sempre torcia para as coisas nunca acabarem e nunca quis crescer. Enquanto as outras crianças falavam o quanto almejavam a vida adulta, eu tinha certeza que se tivesse opção, teria parado no tempo em qualquer momento da minha vida. 

Nada mudou desde então, o tempo parece continuar passando rápido demais, eu continuo querendo ter o poder de parar ou voltar, nunca avançar.

Eu posso ter jurado que estava passando por uma fase ruim em algum momento da minha vida, mas dois anos depois, eu vou desejar voltar para lá, romantizando até as partes ruins pois o agora faz tudo parecer ter sido mais fácil. 

Já houve uma época em minha vida onde eu passava horas toda semana vendo o meu Google fotos. Todas as fotos e vídeos de momentos em família, com amigos que hoje eu não falo mais, as coisas que já gostei. E é engraçado quando entro lá e vejo um “Você se lembra desse momento?”, porque eu lembro. Lembro de tudo ao mesmo tempo que me lembro de nada. 

A partir de um momento, a nostalgia bate tão forte que você se vê com saudade de coisas que nunca viveu. E parte disso – no meu caso – está atrelado ao medo do futuro. Porque quando o futuro é incerto, você vai desejar tudo aquilo que lhe fez ter certeza um dia.

O passar de um ano pode ser bom – quando estamos dispostos a mudar com ele; e ruim – quando tudo aquilo que ele representa são as coisas que não voltar e como as coisas podem ser. Para mim, nesse momento, ele é ambas essas coisas em uma balança desigual. 

Esse apego que as pessoas tem com o passado é uma pura forma de auto sabotagem. Quanto mais tempo passamos pensando em como seria se as coisas não tivessem mudado, se as pessoas não tivessem ido embora, mais tempo perdemos em viver o presente. 

E é justamente não viver o presente que causa esse paradoxo onde anos depois ele parece melhor do que realmente fora. Ou seja, se você não aproveita o hoje, ele vai parecer muito melhor no futuro. E assim sucessivamente até que você envelheça. 

A questão é: Como lidar com o passar do tempo?

Eu me fiz essa pergunta por uns dias antes de continuar a escrever esse post. Refleti até ficar maluca – diga-se de passagem. 

E eu acho que o processo de lidar com o tempo começa em entender como, ao mesmo tempo que ele leva coisas importantes, ele também as trás. 

Mesmo quando leva pessoas e momentos, trás aprendizados que nos tornam quem nós somos.

Li uma vez que o motivo pelo qual somos tão apegados a momentos em nossas memórias é porque eles não mudam, mesmo que as pessoas que estiveram lá com a gente mudem.

Não vale a pena perder a vida romantizando e sentindo falta de tudo aquilo que já passou, não quando existe um presente esperando para ser vivido.


Para as garotas Right were you left me.






Alguns dias depois: Quase reescrevi esse post, porque algo em mim simplesmente não gostou dele. Parece curto demais, raso demais e sabe-se lá o que me incomodou. Se for mesmo tão ruim quanto eu acho que é, mil perdões.
Me falem o que acharam, e caso tenham alguma dúvida ou algo a dizer, comentem aqui para aparecer no #2 do Late Night Talks 💗






Comentários

  1. toda semana eu entrava p ver se tinha posts novos, amo mt teu blog

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  2. eu me sinto exatamente assim. As vezes sinto que estou presa nas memorias de momentos com pessoas que não estão mais em minha vida e isso acaba comigo, mas em contra partida, tô começando a entender que a vida é uma constante mudança. Como a Taylor cantou uma vez "tudo aquilo que você perde é uma passo que você dá.

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